segunda-feira, 2 de novembro de 2009

História dos Desbravadores


O SURGIMENTO DA IDÉIA


O nome DESBRAVADORES foi usado por Theron Johnston,
em 1930, quando organizou um clube em sua casa na cidade
Sant‘Ana, Califórnia, nos Estados Unidos. Não recebeu apoio
e acabou abandonando a idéia.

Já em 1940, a Associação do Sudoeste da Califórnia chamou
o seu acampamento de "Acampamento de Desbravadores Jovens
Missionários Voluntários". Nessa época, também surgiu um clube
organizado pelo pastor Laurence Skinner com o nome
"Locomotiva"




.



OS DESBRAVADORES CLUBES E CAMPOS NOSSA FÉ CENTRAL DE DOWNLOADS RADAR DE EVENTOS NOTÍCIAS, FOTOS E VÍDEOS CLASSES E ESPECIALIDADES


O DESENVOLVIMENTO


O clube começou a tomar corpo a partir de 1946, com a liderança
do pastor John Hancock, que era diretor de jovens da Associação
do Sudoeste da Califórnia. Aproveitando o nome do acampamento
da Associação, chamaram de "Clube dos Desbravadores Jovens
Missionários Voluntários".

A ORGANIZAÇÃO


Em 1946, o próprio pastor Hancock desenhou o emblema
em forma de triângulo, que ainda é usado em todo o mundo.

Em 1947, a Associação Geral pediu à União do Pacífico para
desenvolver a Organização do Clube de Desbravadores.
O pastor J. R. Nelson coordenou este trabalho. Em seguida,
Lawrence Paulson escreveu os primeiros manuais de orientação.
Em maio de 1949, o pastor Henry Berg, mesmo não sendo
músico, compôs o Hino dos Desbravadores.

A OFICIALIZAÇÃO


Em 1950 o departamento de Jovens da Associação Geral
adotou oficialmente o "Clube de Desbravadores Jovens
Missionários Voluntários" como um programa mundial.
Em 1952 o Hino dos Desbravadores foi oficializado e
passou a fazer parte do programa.


Texto compilado do folheto NOSSO CLUBE - O que você
precisa saber para ser um Desbravador.



Até o início do século XX faltava à juventude adventista um
bem dirigido programa de atividades designadas especificamente
para suprir as suas necessidades, uma situação no qual os líderes denominacionais na Associação Geral, União e Associações
Locais pareciam despercebidos. Em vista de que eles queriam
estar mais preocupados com o evangelismo, os próprios jovens
e alguns leigos adultos iniciaram a Sociedade dos Missionários
Voluntários e ao Clube dos Desbravadores que se tornaram os
maiores programas da denominação.

O Programa Missionário Voluntário que foi adotado na Conferência
Geral em 1907 era basicamente espiritual e, por conseguinte satisfazia
somente parcialmente as necessidades dos jovens. Alguns meninos
adventistas desejaram unir-se aos escoteiros que se estabeleceram
em 1910, mas enfrentaram problemas já que as atividades dos
escoteiros conflitavam com as crenças adventistas e as práticas
adventistas, incluindo o culto do sábado, ida ao cinema, a
danças, a dieta e atividades missionárias.
Respondendo a esta situação, o Departamento dos Missionários
Voluntários expandiu seu programa numa tentativa para prover
treino físico, mental, social e técnico através das Classes
Progressivas,
das Especialidades e de Acampamentos.

As Classes Progressivas, agora Classes dos Desbravadores,
ofereciam instrução religiosa, estudo da natureza, e aquisição
de novas técnicas.
A Associação Geral adotou os nomes de Amigo,
Companheiroe Guiapara as Classes em 1922. O menino
ou menina com dez anos
de idade, ou na quinta série, podia tornar-se Amigo.
Completando os requisitos, ele participaria num serviço
de investidura, numa cerimônia
especial, no qual aqueles que passaram no teste
eram investidos erecebiam os seus distintivos
certificados e também
comendas aosdistintivos das especialidades.
Os meninos e as meninas conseguiam ou ganhavam
especialidades JA em muitos campos diferentes enquanto
trabalhavam para cumprir os requisitos das Classes.
C. Lester Bond, secretário do Departamento
de Jovens da Associação Geral, obteve a permissão
do líder dos escoteiros para usar algumas de suas idéias
e materiais ao ele preparar a especialidade em 1928.

Alguns líderes da igreja o acusaram conseqüentemente de
trazer o mundo para dentro da igreja. No entanto,
Bond incorporou idéias dos escoteiros e materiais num
programa dos Missionários Voluntários Juvenis.
Por volta desse tempo a denominação temendo que um
acampamento de verão não-adventista pudesse trazer
uma influência negativa sobre os jovens adventistas,
organizou seus próprios acampamentos de verão.
O primeiro foi organizado na cidade de Lina Lake, Michigan,
em 1926. Através dessas iniciativas dos líderes dos jovens,
incorporavam atividades seculares no programa jovem, mas
a Sociedade dos Missionários Voluntários da Igreja e a
Escola da Igreja local, as quais eram responsáveis para
implementar o programa, continuavam
a dar ênfase aos elementos espirituais. A Sociedade dos
Missionários Voluntários se reunia aos sábados e limitava as
suas atividades às que
eram apropriadas para o sábado. Raramente planejavam
atividades seculares, exceto sociais para o sábado á noite
na Igreja ou uma excursão ocasional.
Os meninos e as meninas, por conseguinte necessitavam
de um programa efetivo centralizado na igreja que pudesse
provê-los com oportunidades para explorar, para experimentar
e desenvolver técnicas enquanto ao mesmo tempo os levava a
uma sincera entrega para a vida cristã.

Uma história não documentada intitulada "Fora da Janela"
apareceu no Departamento dos Missionários Voluntários para
mostrar como a juventude adventista anelava por mais atenção
por parte da igreja. Conta-nos que os meninos Dom e Bert se
uniram aos meninos da vizinhança no parque numa noite
enquanto seus pais estavam fazendo uma festa na Casa da Don.
Os meninos foram para a casa e cautelosamente olharam através
da janela para ver o que estava acontecendo, sentindo-se
negligenciados e desejando também participar da festa. Eles
tinham esperança de organizar um Clube e pediram ao pai de
Bert por ajuda, mas ele estava muito ocupado e recomendou
que eles pedissem ao Sr. Miller, professor da escola. Ele também
estava muito ocupado. Os meninos ainda estavam procurando
alguém para ajuda-los naquela noite, e um menino disse: Se os
pais têm tempo para as suas festas como esta, eu penso que eles
deveriam ter tempo para ajudar-nos.

Em resposta à sugestão de Bill, os meninos esvaziaram os pneus
de todos os carros que estavam estacionados perto da casa e se
esconderam no mato. Descobrindo que seus carros tinham os
pneus vazios, os pais chamaram a polícia para pegar os gangsters
que haviam se comportado daquela maneira e como uma afronta
à sociedade deviam ser detidos.

Imaginem quão chocados eles ficaram quando os "vagabundos"
foram identificados. Numa seção da corte juvenil, no dia
seguinte,o juiz Simpson descobriu que os pais dos meninos
estavam tãoocupados para atender os seus filhos e que a igreja
não tinha
suficientes atividades recreativas para eles. Repreendeu o
pai de Bert e o pastor da igreja por serem delinqüentes e
mencionou que era tempo para que os pais e a igreja se
despertassem de sua letargia e planejassem um programa
positivo para os jovens.

No esforço para satisfazer as necessidades da juventude
adventista, alguns membros da igreja começaram a
organizar para eles no início de 1911, mas não desenvolveram
um programa unificado. A Associação Geral também não
tentou organizar um clube e nem endossar o estabelecimento
de um Clube até meados do século XX. Clubes experimentai
s incluindo Woodland Clan, os Escoteiros Missionários, o
s Índios Takoma e os Pals, surgiram em Takoma Park Maryland.


Elder Lester Bond





Influenciado pelos escoteiros, Harold Lewis, que começou os
Pals, incorporou algumas de suas idéias, incluindo excursões
e acampamentos e um Clube. Pouco é conhecido acerca
desses clubes, exceto que eles não estendiam a oportunidade
para as meninas. Poucos anos mais tarde, Newton Robinson,
diretor do Currículo Normal do Union College, Lincoln, NE,
decidiu experimentar com um programa revisado do
Departamento dos Missionários Voluntários. Ele começou
o Clube chamado Boy Pals com jogos, excursões, fogueiras,
trabalhos manuais, e habilidades recomendadas pelos líderes
MV. Mas não havia nenhuma evidência que o Clube de
Robinson tinha algum significado permanente.

Em 1919, entretanto, Arthur Spalding, editor do Watchman
Magazine, aventurou-se numa atividade similar do Sul. Ele
começou um Clube chamado os Escoteiros Missionários
em seu lar em Madison, Tenesse, para seus dois filhos, Ronald
e Winfred, e alguns de seus amigos, em resposta ao desejo de
unirem-se aos escoteiros da América.

A idéia em realidade originou-se com Winfred, que pediu, ao
estar passando por um acampamento de escoteiros com seu
pai e seu irmão, sábado á tarde, que lhes permitisse acampar.
A sugestão fez tal impressão sobre Arthur Spalding que ele
começou a pensar em organizar um Clube para meninos
adventistas.Ele estudou a organização e os regulamentos
dos escoteiros,fez alguma revisão e formulou novas diretrizes,
as quais ele
pensou se adaptariam melhor para uma organização de jovens
adventistas. Depois de algum tempo num domingo na primavera
enquanto Spalding e seus filhos estavam trabalhando no jardim,
Ronald expressou o desejo de ir acampar. Por esta ocasião
Spalding agiu prontamente. Juntos, naquela tarde fizeram
planos para um Clube e decidiram que meninos convidar.

Na próxima Sexta-feira foram acampar e usufruíram de um
fim de semana fazendo excursões no verão. Atividades
adicionais do Clube incluíam trabalhos manuais, trabalhos
em madeira e seguimento de pista. O Clube de Spalding
desenvolveu os regulamentos e idéias que foram fundamentos
para o moderno Clube de Desbravadores.O Clube adotou o
Voto e a Lei, que formava a base para aqueles usados pelos
missionários, pela Sociedade dos Missionários Voluntários
Juvenis e os Desbravadores. Que Spalding adotou idéias dos
escoteiros é evidenciado na similaridade entre o voto JA e a
Lei dos escoteiros e a


Arthur Spal
Promessa e Lei achada no Manual do Escoteiro Mestre.
Ambos os votos requerem dos jovens que trabalhe para
Deus e para o homem, que mantenham altos padrões morais
e que guardem a Lei do Clube. Ambos conjuntos de
Lei incluem
em qualidades que devem ser imitadas: obediência,
veracidade,cortesia, lealdade, alegria, respeito, amizade
e reverência. Atravésda Lei ou do Voto do seu
Clube, Spalding em contraste com os
líderes de outros clubes, contribuiu para alguma coisa de
significado
permanente.

Uma série de eventos que começou na Califórnia no
fim de 1920 levou ao desenvolvimento do primeiro
Clube a usar o nome de
Desbravador. John Mckim que cuidava de uma
escola pública, e
era um experimentado escoteiro, pensou que os meninos
e meninas
da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Santa Ana
necessitavam de
um programa com atividade similar aquela dos escoteiros.
Ele
reconheceu que os jovens adventistas que se uniram aos
escoteiros
teriam problemas com as atividades dos escoteiros que
conflitavam
com algumas doutrinas e práticas da igreja adventista. Ele,
por conseguinte organizou os meninos da Igreja de Santa Ana
numclube, mas reunia em Anaheim, no condado de Orange,
onde elevivia. As meninas mais tarde tornaram-se membros do
Clube supervisionadas pela esposa em Mckim.

Em 1930 outro clube para meninos da Igreja de Santa Ana
surgiu sob a liderança do Dr. Theron Johnston. Ele se
encontrava com os juvenis no porão de sua casa em
Santa Ana, ensinando-os técnicas de rádio e eletrônica.
Sua filha Maurine tinha o ajudado com rádio e protestou
quando não lhe foi permitido entrar no Clube. Como
resultado sua mãe começou o clube para meninas, que
se reunia no porão.

Os Clubes de Mickim e Johnston se encontravam uma vez
por mês no lar de Johnston para reuniões em conjunto e iam
acampar, faziam excursões a cada 3 meses. Os membros
do Clube também se uniram ao coral juvenil do condado de
Orange, que era dirigido pela Sr. Mckim e cantavam nas
regiões evangelísticas. Eles também se reuniam regularmente
num dia de semana aprendendo técnicas e estudando a
natureza ao estarem cumprindo os requisitos de Amigo,
Companheiro e Guia. Seu uniforme era apenas uma camisa
especial.

Ambos os Clubes usaram o nome de Desbravadores
escolhidos por Mckim. Não há certeza onde é que ele
obteve aquele nome, porquanto provavelmente aprendeu
em 1928 no primeiro acampamento conduzido pela
Associação do Sudeste da Califórnia.

Um dos oficiais da Associação no Acampamento contou-lhe
a história de John Fremont, um explorador americano ao qual
se referiu como desbravador. Mckim podia ter ouvido então o
nome e decidiu usá-lo para seu clube que foi formado no ano
seguinte.

Mesmo formado para os jovens de Santa Ana, os clubes não
receberam o reconhecimento e apoio dos membros da igreja
que argumentavam que eles não necessitavam de um clube
secular
para os jovens e nem desejavam escoteiros
nem escoteiras na igreja.
Eles acusaram Mckim e Johnston de trazer
o mundo para a igreja e
os ameaçaram de discipliná-los, desligá-los da
igreja se eles não
abandonassem os clubes. C. Lester Bond, diretor
associado dos
jovens para a Associação Geral e outros também
temiam que o
nome Desbravador pudesse substituir o nome religioso
Missionários
Voluntários. Não desejando que atividades seculares
tomassem lugar
das espirituais, eles desencorajaram o uso do nome
Desbravador e a
idéia de um Clube secular. A despeito dos esforços que
Mckim e
Johnston fizeram, ambos os clubes cessaram de existir
depois de
1936, mas a idéia de desbravar sobreviveu e os clubes de
Santa Ana
permanaceram como precursores do Clube de Desbravadores
na
Califórnia em particular e na América do Norte e no mundo
geral.

A Associação do Sudeste da Califórnia continuou usando
o termo
Desbravador. Ela chamou o acampamento que estabeleceu em
Idyllwild em 1930 de Acampamento do Desbravador MV,
evidentemente por causa do relacionamento do seu programa
e aqueles dos Clubes de Desbravadores de Santa Ana.
Lawrence
Skinner, pastor adventista, continuou mais tarde a idéia de
Desbravador quando ele organizou o primeiro clube
permanente em Glendale em 1937.
Lawrence Paulson, um empregado do Hospital de
Glendale, assumiu a liderança do Clube em 1939, 1940,
e sob sua guia o clube começou a crescer.

O Curso da Formação de Socorrista-Padioleiro era muito
forte então e parecia tempo apropriado para os Desbravadores
crescerem, diz Skinner. O Clube incorporou a ordem unida e
marcha praticada pelos socorristas-padioleiros em seu
programa e usava membros dos socorristas-padioleiros para
ensinar os desbravadores.

Na década de 40, os clubes dos desbravadores cresceram
através da América do Norte, alguns começaram na Califórnia,
o centro das atividades dos Desbravadores, e outros
começaram no noroeste do Pacífico.


Laurence Skinner


Em 1944 Skinner foi para a União do Pacífico Norte, como
Diretor de Jovens e estimulou o interesse no Clube de
Desbravadores, mesmo que não tivesse por si mesmo iniciado
nenhum clube. Em vista de que a Associação Geral ainda se
opunha á criação dos desbravadores, Skinner decidiu chamar os
novos clubes de "Trailblazer" (que abre caminho); um destes
clubes envolvia meninos e meninas de 10 a 15 anos de idade.
Seu programa era similar ao programa dos clubes de
desbravadores, hoje, incluindo as Classes JA e Especialidades,
investidura, acampamento, cozinha, excursões, seguimento de
pista, estudo da natureza, nós, primeiros socorros e assim por
diante. Os membros tinham um uniforme verde selva, que
usaram no dia do MV Trailblazer. A idéia do Trailblazer se
espalhou pela Califórnia também onde Bem Mattison, diretor
de Jovens da Associação começou um Clube na Associação
do Norte da Califórnia. Antes da organização de Mattison,
entretanto, o primeiro Clube patrocinado pela Associação se
desenvolveu em Riverside, 1946, sob a direção de John
Hancock,
diretor de jovens da Associação do Sudeste da Califórnia.
Logo
depois que Hancock voltou do Acampamento de verão
daquele
ano, uma mãe dos acampantes o visitou expressando o
desejo de
que o acampamento tivesse a duração de um ano. Quando
perguntada por que, ela explicou que seu filho tinha recebido
uma grande benção durante o acampamento de verão.
A conversação impressionou Hancock, a começar uma
organização que tivesse um efeito similar sobre os jovens
através do ano. Hancock sabia dos desbravadores em
Santa Ana e do Trailblazers e ele decidiu organizar um clube
similar.

Francis Hunt, um estudante do La Sierra College e sua
esposa serviram como os primeiros diretores do clube e Orva
Ackerman foi uma das conselheiras. O grupo começou com
15 membros que com seus líderes se reuniam no lar dos
Hancocks.
O estabelecimento deste clube patrocinado pela Associação
marcou
um importante passo na história do desbravador, em vista
de que a
Associação tinha se unido com a igreja local para ajudar a
cumprir
a missão da igreja à sua juventude.

No mesmo ano, Skinner, ardente advogado de tais grupos
, tornou-se
Diretor Associado da Associação Geral. Naquele tempo
J.R. Nelson
servia como Diretor de Jovens da União Pacífico na qual
existiam os
Clubes de Desbravadores. A presença de Paulson na igreja
de Glendale,
Mattison e Hancock na Associação Local, Nelson na União
e Skinner
na Conferência Geral estabeleceram um ponto para o
desenvolvimento
e adoção de um programa unificado para os desbravadores.

Também em 1946 Hancock acrescentou um novo item
no clube de
desbravadores desenhando o emblema dos desbravadores.
Os três lados do emblema representam o desenvolvimento
físico,
mental e espiritual dos jovens. A espada representa o Espírito
Santo e o escudo a Fé. Juntos eles indicavam que o Clube
era uma organização espiritual, relacionada com a igreja.
O ano de 1946 foi um ano chave na história de movimento
dos desbravadores.

No ano seguinte o departamento de jovens da Associação
Geral pediu a União Pacífico para desenvolver um programa
unificado dos desbravadores. Dirigidos por Nelson, uma
comissão de Diretores de jovens da Associação local e
alguns leigos, incluindo Paulson, começaram a trabalhar
o programa. A sugestão de Paulson, que um livro de registros
fosse providenciado para o resultado dos desbravadores,
na publicação dos livros de registros dos Missionários
Voluntários designado para permitir um acurado relatório
do trabalho feito no Clube de Desbravadores e nas Classes
MV. A comissão levou vários anos para organizar o
programa e naquele tempo os clubes ganhavam novos feitios.


John Hancock


Henry Bergh, Diretor de Jovens da Associação Central da
Califórnia, desenhou a bandeira dos desbravadores em 1948.
Os quadrados azuis significando lealdade e coragem enquanto
dois quadrados brancos representando a pureza.
O emblema dos desbravadores, que se encontra no meio
da bandeira, colocava uma interpretação diferente daquela
dada por Hancock. A espada representava a palavra de Deus
e o escudo a verdade.

Além de adquirir novas feições, os Clubes de Desbravadores
da Califórnia começaram a se multiplicar. Motivados pelas
atividades do grupo de Don Palmer em Loma Linda e pelo
seu desejo pessoal de trabalhar com os jovens, Mervyn
Maxwell, um pastor, juntamente com sua esposa,
estabeleceram
um clube na igreja de Alturas no norte da Califórnia em 1949.
Os Maxwell dirigiram as reuniões do Clube em seu lar e
permitiram que os estudantes de música da Sr. Maxwell
que não eram adventistas se unissem. Eles chamaram o
Clube de O Pentáculo. Os membros adotavam a ordem
da "água fria" significando que eles mostravam bondade
de maneira prática.

Em um ano, os membros do clube trabalharam nas
especialidades
MV, incluindo fotografia, trabalhos em couro, cozinha e
ciclismo,
completando os requerimentos de Amigo e Companheiro,
saíram em excursões e participaram em cerimônia de investidura.
Numa dessas excursões eles descobriram um rio gelado numa
caverna vulcânica. Assistido pelo irmão Lawrence Mervyn
Maxwell dirigiu a cerimônia de investidura com a permissão
de Glen Fillman, diretor de jovens da Associação, que teria
que viajar 500 milhas para chegar a Alturas. Apesar de pequeno,
o clube estava tendo êxito.

Em 1950, Lawrence Maxwell, com a ajuda de Janie Pryce,
um professor, organizaram os Índios Napa, no Norte da
Califórnia. Eles dividiram os meninos e as meninas em unidades
que se reuniam separadamente em lares diferentes, mas que
tinham reuniões juntas uma vez em algumas semanas. Em vista
de que algumas unidades não estavam tendo êxito, Maxwell
eventualmente abandonou a idéia de permitir que as unidades
se reunissem separadamente e trouxe todos os 50 ou 60 jovens
para uma reunião em conjunto. Os membros fizeram uniformes
especiais de um tecido cinzento fabricado em Napa.

À medida que esses novos clubes se desenvolviam, a comissão
de Nelson completou seu trabalho e apresentou o programa que
tinha desenvolvido para o Departamento de Jovens da
Associação
Geral. Em 24 de Agosto de 1950, a comissão da Associação
Geral
oficialmente reconheceu o programa do Clube de
Desbravadores.Ela aprovou o folheto que devia ser
usado como guias na organização
de clubes. Também recomendou que as reuniões fossem
semanalmente, ou uma vez cada duas semanas, num dia de
semana, e que as atividades incluíssem excursões,
acampamentos,hobbies e recreação.
É significativo que somente quatro anos antes
Skinner tinha se tornado Diretor Associado do Departamento
de Jovens da Associação Geral, tivesse feito uma importante
decisão de interesse para a juventude adventista. Os líderes
tinham finalmente
reconhecido que os Desbravadores ajudariam os meninos
e as meninas a se tornarem bons cristãos e que o clube
animaria o uso das classes MV e o nome Missionário
Voluntário. A vista dos
líderes dos Escoteiros Nacionais aos escritórios da Associação
Geral em 1949, pode também ter influenciado os líderes
da igreja
a desenvolverem seu próprio Clube. Quando os adventistas se
recusaram a aceitar o convite dos líderes dos escoteiros para
unir-se à sua organização, os escoteiros observaram que a
denominação não tinha os recursos para executar um programa
de êxito. Os líderes da igreja podem ter tomado esse comentário
como um desafio.

A Associação Geral continuou a ver os Desbravadores com
reservas, apesar disso. Em vista de que ainda se temia que o
Clube pudesse superar a Sociedade dos Missionários
Voluntários
, a Associação Geral apresentou o Clube de Desbravadores
como um programa da Sociedade MV que reconhecia a
necessidade física, mental, social e espiritual dos meninos
e meninas de 10 a 15 anos de idade.

O Clube adotou o Voto e a Lei, os clubes de leitura, o
ano bíblico juvenil, a devoção matinal, as especialidades
MV, cerimônia de investidura e as classes MV do programa
dos juvenis. Também em 1950, a Associação Geral mudou
o nome da Classe Camarada para Guia, por causa da
Associação termo "camarada" com o comunismo.
Em 1956, o Departamento de Jovens inseriu a Classe
de Pesquisadores entre a classe de Companheiro e
Guia, e a Pioneiro que foi acrescentada entre Pesquisador
e Guia em 1966.

Em adição às feições adotada do Programa dos Missionários
Voluntários, o clube de Desbravadores introduziu nova ênfase
para ampliar o seu apelo. Instituiu o Sistema de Mérito através
do qual recompensava os membros do clube por realizações
especiais, oferecendo o distintivo de Excelência, reconhecimento
e boa conduta. O sistema de mérito animava o desenvolvimento
de traços tais como: auto controle, iniciativa individual,
esportividade, trabalho em equipe e respeito pelo direito
e trabalho dos outros.Também, um clube de desbravadores
podia ganhar um certificado de realização anual no qual a
Associação local recompensava os
clubes que tivessem cumpridos determinados requerimentos.
A ordem unida e a marcha tornaram-se uma parte importante
doprograma dos Desbravadores. À medida que eles tentavam
cumpriros requisitos, os clubes solicitam a presença dos pais,
e de outrosadultos que mostravam interesse em suas atividades.

Através do auxilio de pais de desbravadores, adultos se
desenvolveram nas atividades dos jovens, ajudando a levantar
fundos para os projetos do clube, e também a compartilhar
suas técnicas com os meninos e as meninas.

O resultado se seu trabalho, incluía vários trabalhos manuais e
de artesanato, que eram mostrado em feiras especiais. A feiras
dos desbravadores, uma ocasião festiva anual para os clubes
dos desbravadores, começou em 1951. Ela era o clímax do
programa do ano e provia às crianças as oportunidades de
participarem de várias atividades e mostrar a sua melhor
atuação. Cada unidade do clube observava o que os outros
clubes fizeram e se beneficiavam com o intercâmbio de idéias.
Os índios Napa realizaram a primeira feira de que se tem relato
no sanatório da Escola de 1º Grau em Santa Helena, Califórnia,
em 1951, mas somente os membros daquele clube participaram.
O Oregon realizou sua primeira feira na Academia Eugene,
apresentando demonstrações da ordem unida, cinco eventos ao
ar livre, incluindo salto em extensão, armação de barracas,
lançamento de sapato, queima do barbante, revezamento e
prova de velocidade para atar nós.

Reconhecendo a necessidade de liderança qualificada para
efetivamente implementar o programa de desbravadores, o
Departamento de Jovens da Associação Geral publicou em
1951 o Curso de Treinamento para a Diretoria, editado por
Lawrence Skinner, John Hancock e Lee Carter. O curso
incluía treinos sobre a psicologia da adolescência, liderança
de recreações, projetos da natureza, artesanato, acampamento,
ordem unida e jogos. O Departamento expandiu o
programa de treino, fazendo-o mais compreensíveis em 1962.
Para ajudar os diretores de clubes e conselheiros a entender
o programa total de desbravadores, o Departamento alguns
anos depois publicou um novo e atualizado trabalho chamado
Manual da Diretoria dos Desbravadores.

Uma música "Desbravadores" escrita por Henry Berg apareceu
em 1952, como uma marca acrescentada para identificar os
Desbravadores:



“Nós somos os Desbravadores,
Os servos do Rei dos reis!
Sempre avante, assim, marchamos,
Fiéis às suas leis.
Devemos ao mundo anunciar
As novas da salvação;
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.”

A ênfase espiritual desse hino também apareceu nas atividades
dos desbravadores. No mesmo ano, 1952, os clubes de
Wisconsin participaram num programa na noite de Halloween
, reunindo, coletando latas de alimentos que eles distribuíram
entre os pobres. A atividade tornou-se um evento anual para
os desbravadores através da América do Norte. Mais de 125
meninos e meninas participaram do programa na cidade de
Nove Iorque em 1953, saudando as pessoas da casa com:



John Hancock (2002)


Hoje é à noite do "trick ou treat" Mas não é esta a razão
pela qual estamos aqui. Gostaríamos de algum alimento
enlatado para os pobres, dando-lhes a oportunidade de
um Dia de Ação de Graças feliz.

Enquanto coletavam os alimentos, os desbravadores
ofereciam literatura adventista, incluindo 
“Sinais dos Tempos”, “Guide”, a “Mocidade” e 
“Estes Tempos”, para as pessoas e um folheto que
apresentava os desbravadores e convidava o leitor a
se escrever num curso de correspondência bíblica.
A natureza religiosa do clube também apareceu em
seu programa "Compartilhe Tua Fé". Aos meninos e
meninas estudaram a Bíblia a desenvolverem um íntimo
relacionamento coM Jesus Cristo e a igreja, eles
partilhavam suas experiências com outros e os
animavam a aceitarem a Jesus também. Alguns
desbravadores conduziram reuniões evangelísticas,
testemunhando para seus colegas e adultos.
Numerosos exemplos dessas atividades apareceram
nas publicações adventistas. Os Desbravadores de
Chula Vista, Califórnia, distribuíram literatura adventista
para o povo na sua área e participaram de esforço
evangelístico na igreja. Os membros do Hapi Lanta
Clube, em Atlanta, Geórgia, apareceram quatro vezes
nas maiores televisões de Atlanta e partilhando sua fé
com as pessoas daquela cidade. Eles também visitaram
os enfermos, matriculando as pessoas no Curso Bíblico
por correspondência e distribuíram cestas de alimentos
entre os pobres. Os desbravadores de Vermont
demonstraram como a participação de atividades
seculares pode influenciar alguém para tornar-se
um membro da igreja. Depois de uma excursão de
dois dias com alguns desbravadores de Vermont, alguns
não adventistas concluíram que a Igreja Adventista deveria
ser boa para unir-se. Mesmo planejado primariamente para
adventistas, o clube de desbravadores aceitou uma pequena
porcentagem de não adventistas e os animou a tornarem-se
membros da igreja.

Quando os Desbravadores saíam para partilhar a sua fé, eles
vestiam um uniforme verde floresta, uma outra marca de
identificação do clube. O uniforme ajudava a manter moral
entre os membros, dando-lhe um senso de pertencer a uma
organização importante. Outras ocasiões nas quais os
desbravadores usavam uniformes incluíam as reuniões do
clube, cerimônias de investidura e reuniões especiais da igreja.

O Clube também apresentava seu programa de Campori,
um acampamento patrocinado pela Associação, onde os
Desbravadores demonstravam técnicas de atividades ao
ar livre. As unidades individuais, treinadas e equipadas para
viver ao ar livre, se reuniam num programa no qual se
combinavam o secular e o espiritual por 3 ou 4 dias.
Estas atividades ao ar livre, se uniam num programa
no qual se combinavam o secular e o espiritual por 3 ou 4 dias.

A literatura do clube cita que o primeiro Campori de
desbravadores se reuniu 7 a 9 de Maio de 1954,
em Idyllwid, Califórnia, mas há evidência que os
desbravadores no sul da Nova Inglaterra e os seus
líderes passaram um fim de semana em Winnekeog,
demonstrando técnicas de acampamento e tendo recreação.

O maior Campori realizado nos primeiros três anos de
aceitação dos Camporis tomou lugar em Oneill Park,
perto de Santa Ana, Califórnia, de 12 a 21 de Outubro
de 1956, onde 850 pessoas representavam o sul e o
sudeste das Associações da Califórnia. O primeiro
Campori da União ocorreu em 11 a 14 de Abril de
1960, em Lone Pine, Califórnia.

A denominação começou a dar mais ênfase aos
desbravadores através da celebração anual do Dia
dos Desbravadores que começou em 1957. No
sábado designado pela Associação Geral, usualmente
o terceiro ou quarto sábado em setembro, os desbravadores
deveriam dirigir o culto divino usando o programa preparado
pelo Departamento de Jovens da Associação Geral.
Neste dia, os membros do clube vestiam seus uniformes,
sentavam num lugar separado para eles e relatavam à igreja
seus objetivos e realizações. Tentando fazer a igreja
consciente de sua responsabilidade para o clube, os
desbravadores apelavam para novos membros e
solicitavam a assistência dos adultos nas reuniões
do clube.

A participação do culto dava aos desbravadores um
senso de pertencer à Igreja.

A expansão do programa de clube também incluía um
livro guia especializado no estudo na natureza e vida ao
ar livre. O Departamento de Jovens da Associação
Geral estabeleceu comissões e pediu a vários indivíduos
para prover manuscritos e fotografias. Skinner visitou
os líderes dos escoteiros e com a sua permissão selecionaram
pinturas e diagramas dos seus arquivos para serem usados
na preparação do livro guia. Lawrence Maxwell então trabalhou
com o Departamento de Jovens e preparou o Guia de
Camping(Acampamentos) que o Departamento de
Jovens publicou em 1962.

Enquanto servindo como editor de Guide, Maxwell
também publicou muitos artigos sobre as atividades
dos Clubes de Desbravadores através da América do
Norte e ás vezes recomendava coisas que os clubes
poderiam fazer para enriquecer seus programas e assim
ajudar a enfrentar as necessidades da juventude adventista.
Desta maneira, os desbravadores em Danville, Illinois,
 imprimiram o primeiro jornal, “Novas dos Desbravadores”,
e construíram a primeira sede do Clube em Illinois em 1953.

Os desbravadores em Reading, Pensilvânia, dirigidos por
Robert Kershner, se empenharam num fim de semana de
atividades no parque estadual. Os membros do clube em
Los Angeles e New Hampshire participaram do "Treat em
lugar do Trick" dos desbravadores, um projeto que Maxwell
especialmente recomendara.

O programa de desbravadores beneficiava meninos e meninas
em outras áreas também. Dirigidos por Neil Jones, os
desbravadores de Cedaredge, Colorado saíram em excursão
para jogar. Os desbravadores de Idaho participaram no quarto
Congresso de Juvenis da Associação realizado na Academia
Gen Atate. O grupo do Air Capitol e a Escola de Wichita,
Kansas ganharam o primeiro prêmio na seção para juvenis
de flutuar ao entrarem no Concurso na Feira Anual de Salvação.
Os desbravadores de Washington adquiriram técnicas em rádio,
cestaria e fogueira. Os desbravadores Moneton em New Brunswick
cancelaram sua excursão e reuniram alimentos que deram para as
famílias necessitadas que tinham pouco ou nenhum alimento para
comer.

Os membros do Clube ressuscitado de Santa Ana fizeram
um quadro de nós em 1954. Lawrence Maxwell começou
um clube na igreja de Sligo, Takoma Park, Maryland, e
levava os membros do clube para acampamentos de fim
de semana duas vezes por ano.

A apelo destas variadas atividades foi refletido nas
estatísticas do clube. Em 1957, sete anos após ter
recebido reconhecimento oficial a América do Norte
tinha 717 clubes com 14.722 desbravadores e 3.527
líderes adultos.

É, bem parece que a organização dos desbravadores
estavam cumprindo as necessidades da juventude adventista.
Mesmo que não supere totalmente a sociedade dos Missionários
Voluntários, dirigia as atividades seculares e também meninos e
meninas adventistas. A ênfase espiritual do primeiro trabalho
jovem denominacional agora se expandiu no programa geral
que tenta manter os interesses das crianças da igreja.


Fonte: Apostila “UMA ETERNA AVENTURA - 50 Anos de História” da UCB

Nossa História no Brasil

HISTÓRIA › BRASIL


Em nosso país a história dos Desbravadores padece por 
falta de registros e documentação comprobatória. 
Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas,
nem jornais que confirmem os fatos relatados. Falando 
ao jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, 
Henry Feyerabend disse: "Eu sempre entendi que em Lageado Baixo
foi fundado o primeiro Clube do Brasil, mas não tenho nenhuma 
prova disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da 
organização desse clube".


Muitas realizações , nomes de pessoas, datas e 
informações podem ter caído involuntariamente no 
anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas












OS DESBRAVADORES CLUBES E CAMPOS NOSSA FÉ CENTRAL DE DOWNLOADS RADAR DE EVENTOS NOTÍCIAS, FOTOS E VÍDEOS CLASSES E ESPECIALIDADES
deficiências naturais da comunicação oral. Conseqüentemente, 
as versões
existentes,
aqui apresentadas, podem, num momento ou noutro, chocar-se.
Mas que tal incarar tudo isso como parte de um grande e belo mosaico
construído por muitos atores?


O que você vai ler a seguir faz parte de um esforço de reconstrução
da história, baseado praticamente em lembranças e relatos de
personagens muito importantes para os Desbravadores no Brasil. Eles
efetivamente contribuíram para estabelecer um programa que deu certo,
e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard
Turcílio, Henry Feyerabend, Jairo de Araújo, Jesus Nazareth Bronze,
José Silvestre, Luis Roberto Farias,
Osvaldo Haroldo Fuckner, Wilson Sarli... ) foi acreditar no potencial
dos juvenis e jovens cristãos de nosso
país. A dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode ser a
oportunidade de dedicar somente a Cristo
as homenagens e o louvou pelo grande empreendimento espiritual
e social que é o Clube de Desbravadores.
Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de
Desbravadores da Associação Geral , o Pastor Jairo Tavares de Araújo,
então líder da juventude adventista da Divisão Sul-Americana, com sede
ainda no Uruguai foi o primeiro a incentivar a organização de Clubes
de Desbravadores na América do Sul.
Em 1957, ele preparou um pequeno manual sobre como organizar um
Clube de Desbravadores.
EM SÃO PAULO



"Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião
de um Camporee da
União Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu
fomos homenageados pela criação
desse movimento [ Desbravadores] no Brasil", conta o Pastor Wilson Sarli.
"Ele me lembrou de quando,
em 1959, por ocasião das comemorações dos 40 anos da Sociedade dos
Missionários Voluntários no
Brasil, realizadas no artigo Colégio Adventista Brasileiro,
de 29 de julho a 1 de agosto, ele lançou um desafio
para a criação de clubes de desbravadores. Eu estava presente a este
congresso, ainda como distrital em
Bauru, SP. Mas, até então, não havia desbravadores no Brasil.
Era uma atividade desconhecida."
O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um clube de
desbravadores organizado, foi no dia
6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele
havia recém assumido o Departamento
de Jovens da Associação Paulista e estava representando São Paulo
no Congresso de Jovens da União
Austral. Na sexta-feira assistiu as apresentações de um clube de
desbravadores no Chile, sob a liderança
do Pastor John B. Youngberg, missionário americano que havia criado
o clube naquele país.
De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor
Youngbeerg, o Pastor Wilson pediu a sua secretária que o traduzisse.
Segundo ele, esse material foi-lhe solicitado pelo Pastor
Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos
Desbravadores em Santa Catarina. Alguns dias depois, o
Pastor Jesus Nazareth Bronze, então Distrital de Ribeirão Preto,
comunicou-lhe que a comissão da
igreja havia recentemente escolhido um diretor para o Clube
de Desbravadores local, a ser fundado, e
solicitava instruções para o seu funcionamento.
Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado
a um dos primeiros diretores de clube do Brasil, o
jovem Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois
por Edgard Turcílio. No sábado, todos
aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da Associação,
que naquele dia pregaria sobre o Clube de Desbravadores.


EM SANTA CATARINA



O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido 
a 10 de junho de 1931, também participou no Congresso na Argentina,
em 1961, como Diretor de Jovens da Missão Catarinense. Segundo 
o Jornal Adventista da Associação Catarinense, "o Pastor Feyerabend
chegou ao Brasil em 24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua 
bagagem as idéias da formação de clubes de Desbravadores, adquiridas
em seu distrito nos Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960, 
Feyerabend dirigiu uma reunião de planejamento das atividades 
do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, que se iniciaram no 
dia 28 de abril de 1960... De acordo com Elza Fuckner Alves, que 
então contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos,
nasceu exatamente um dia antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). 
A identidade de Lúcia confirma a data. Ademar Zabel ainda lembra que, 
por ter apenas nove anos de idade na época, não poderia participar do 
Clube, mas acabou sendo aceito depois de muita insistência. Hoje (abril de 2000),
Ademar tem 49 anos."
Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor 
Henry Feyerabend afirma com respeito à origem dos Desbravadores 
em Santa Catarina: " Não tenho nada escrito para confirmar a data de 
início dos clubes. Minha memória também não é perfeita. Fui para Santa 
Catarina em 1958 e saí de lá em 1962, transferido para A voz da Profecia. 
Organizei 7 ou 8 clubes em Santa Catarina messe período. Mas a Associação 
não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os membros da Igreja 
de Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu clube foi organizado
antes da viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho
dados escritos nem memória para declarar que foi assim".
No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor 
Youngberg, que viera ao Brasil passar algumas dicas sobre como organizar
clubes de desbravadores. Naquele tempo já havia clubes em seis cidades 
catarinenses - Lageado Baixo, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito 
Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado foi o de Lageado Baixo, que 
teve como primeiro Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.



Henry Feyerabend
(década de 60)



NO RIO DE JANEIRO



Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o clube 
de Ribeirão Preto,o Pastor Cláudio C. Belz ( bisneto do pioneiro Guilherme Belz) 
recebia dos Estados Unidos material sobre os Desbravadores. Na época, 
ele era Diretor de Jovens na Associação Rio-Minas. Seu pai, Rodolpho Belz, 
traduziu as apostilas e ambos, pai e filho, ficaram entusiasmados com as i
déias nelas apresentadas. O Pastor Cláudio preparou um sermão sobre o assunto 
e o apresentou na igreja de Pavuna, no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, 
vestindo seu uniforme recém-confeccionado (foi o primeiro desbravador uniformizado
em nosso país) e de bandeira em punho apresentou-se na Igreja de Meyer, Rio de 
Janeiro, onde também falou sobre a importância do Clube de Desbravadores. 
"Na hora do culto, algumas se retiraram da igreja", lembra o Pastor Cláudio. 
" Na saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um pastor adventista 
organizando um clube dentro da igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial...
Quase desanimei. Ainda bem que meu pai era o presidente da União Este-Brasileira e,
como homem de visão, deu-me toda a cobertura".
O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro campori de União, no Brasil, 
e o primeiro campori Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, 
ele foi o Diretor de jovens que mais tempo dedicou aos Desbravadores: 33 anos. 
Junto com o Pastor Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes em vários lugares do Brasil.
DESAFIO JUVENIL



Nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a oportunidade 
de participar do primeiro Campori de Associação 
(congresso do qual participaram vários clubes) realizado no Brasil. 
 A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores foram 
o Pastores Rodolpho Gorski ( então diretor de jovens da antiga 
União Sul-Brasileira, cuja sede era São Paulo) e José Silvestre. "Lembro-me d
a viagem que fizemos de trem de São Paulo até Pirassununga", recorda o 
Pastor Gorski. "Lembro-me com saudades das barracas, do programa, das a
tividades, dos banhos no rio, e da cachoeira". Havia Clubes do interior 
do Estado e da capital, o que tornava aquele encontro um fato inédito, u
ma vez que os acampamentos até então eram realizados isoladamente por clubes.
Além de ser um dos organizadores desse primeiro Campori, o Pastor José Silvestre
foi um desses homens que vestiu o uniforme dos desbravadores para nunca 
mais tirar, Natural de Regente Feijó, SP, Silvestre começou a trabalhar com 
Desbravadores (na Obra)em 1972, com 34 anos. Foi ordenado ao Ministério em 
1975. Em 1978 foi para o distrito de Registro, SP, onde organizou três clubes, 
que funcionam até hoje. Em 1980 assumiu o Departamento de Jovens da 
Associação Paulista, a fim de continuar trabalhando com os Desbravadores. 
"Sempre gostei de trabalhar com os jovens porque eles encaram mais facilmente 
os desafios", diz o Pastor Silvestre.
Esse gosto pelos Desbravadores começou bem cedo, quando Silvestre ainda 
estava no Colégio Interno, onde fundou o Clube de Desbravadores do IAE, 
em 1965. Na época ele leu muitos livros, manuais e apostilas dos escoteiros 
e outros movimentos ligados a educação de menores. Pesquisou também os livros
de Ellen G. White e encontrou apoio no que ela escreveu sobre a educação, orientação 
e formação dos jovens e juvenis.
Os desbravadores das décadas de 1960 e 1970 não tinham materiais didáticos 
nem equipamentos. Naquela época as barracas eram caras e muitos materiais eram 
importados. Também não tinham líderes preparados, mas insistimos na realização 
de cursos e na preparação de novos líderes. Foram tempo difíceis, é verdade, 
mas acreditamos e antevimos milhares de jovens e juvenis que se firmariam na
Igreja, sendo, no futuro, líderes fortes" lembra o Pastor Silvestre.
Os pequenos clubes fundados no início da década de 60, no Rio de Janeiro, 
Santa Catarina, São Paulo e em outros Estados de nosso país foram a célula
inicial do que são hoje os mais de 100 mil desbravadores, organizados em 
quase 3.000 clubes. "Em mais de 50 anos de história e milhares de acampamentos 
e Camporis, os Desbravadores acumularam muitos troféus. Eles não são apenas 
de madeira e metal. Os mais preciosos são pessoas, juvenis que cresceram e 
hoje são empresários, pastores, professores, médicos e gente que está espalhada
no mundo todo, anunciando com a sua vida que Jesus em breve voltará. As faixas 
de especialidades, os broches, a farda, a bandeira azul e branca, o escudo vermelho
e amarelo são lembranças da esperança plantada no peito. Com amor, brincadeiras e
muitas felicidades.”



Fonte: Apostila “UMA ETERNA AVENTURA - 50 Anos de História” da UCB

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Aventura no Jequintinhonha



No último domingo dia 25/10 o clube de desbravadores Pedras do Pontal tiveram uma reunião cheia de atividades e muita água. O clube foi até o vilarejo de Itira próximo ao encontro dos rios, Jequintinhonha e Araçuai. Ali as margens do jequintinhonha foi realizada uma gincana onde teve como principal objetivo valorizar o trabalho em equipe. As crianças aprenderam também a importância da preservação da natureza valorizando os recursos naturais que estavam ali a disposição. Logo em seguida as atividades eles aproveitaram ao maxima as águas refrescante do rio. A liderança tomou os devidos cuidados em relação a segurança, demarcando o local com raias feitas de materiais recicláveis e os desbravadores poderam se divertir e muito, mesmo com o tempo limitando seu prazer e alegria. Veja algumas fotos:

Chegada e a travessia de balsa


Local demarcado, a segurança estava garantida

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Saiba quem são os desbravadores

QUEM SÃO OS DESBRAVADORES?


Somos meninos e meninas com idades entre 10 e 15 anos, de diferentes classes sociais, cor, ou religião. Temos reuniões uma vez por semana para aprender a desenvolver nossos talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza.

Nós vibramos com atividades ao ar livre. Gostamos de acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas matas e cavernas. Sabemos cozinhar ao ar livre, fazendo fogo sem fósforo. Demonstramos habilidade com a disciplina através de ordem unida, e temos a criatividade despertada pelas artes manuais. Combatemos, também, o uso do fumo, álcool e drogas.

Trabalhamos em equipe procurando sempre ser úteis à comunidade. Prestamos, também, socorro em calamidades e participamos ativamente de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo que fazemos procuramos desenvolver amor a Deus e à Pátria e, além disso, formamos muitos amigos!

Nosso Clube está presente em mais de 160 países, com 90.000 sedes e mais de dois milhões de participantes. Existimos oficialmente desde 1950, como um programa oficial da Igreja Adventista do 7º Dia. Meninos e meninas de qualquer fé religiosa podem participar conosco deste movimento que tira da diversidade, o colorido da energia juvenil.